Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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Por: Aspirante Lucas Theodoro Malquevicz,     10/11/2022 |  10:58:31
A Sagrada Escritura

A Sagrada Escritura é um conjunto de livros de crucial importância para a igreja, pois como afirma São Jerônimo: “desconhecer as Sagradas Escrituras é desconhecer a Cristo. É através dela que Deus nos fala um testemunho permanente de amor ao contar toda a história da nossa salvação.

 

Primeiramente, a Bíblia é um conjunto de livros que foi escrito por mãos humanas ao longo dos séculos por inspiração do Espírito Santo, que garantiu que as informações ali contidas contassem a história da salvação ao longo de todos os 72 livros dos quais pelos três pilares da Santa Igreja Católica (Tradição, Magistério e Sagradas Escrituras), nos permitem resumi-los em um verbo: Jesus. Isso se dá pois no antigo testamento tem-se a preparação da vinda de Cristo e no novo testamento se completa a vinda do messias, seus feitos e a missão posterior dos discípulos.

 

Diante disso, se faz importante esclarecer algumas coisas em relação a este livro divino. Primeiramente ele não está em ordem cronológica, seja de história seja de escrita. Segundo, várias pessoas a escreveram ao longo das eras, mas um só foi o Espírito que os inspirou. Terceiro, existem muitos outros livros bíblicos que não entraram no cânon das Sagradas Escrituras, conhecidos pelo nome de livros apócrifos, por serem de natureza fantasiosa ou de menor grau de importância.

 

Com isso de lado, fica a questão de discutir como se deu a escolha desses livros? Quem foi que compôs a bíblia como a conhecemos hoje? A resposta é a igreja, que em seus concílios dos séculos I ao V selecionou os escritos que deveriam estar presentes ali. Logo a igreja passou 4 séculos na tradição oral.

Isso, foi um processo muito difícil pois, como já foi dito, havia muitos livros que falavam dos feitos de Jesus e coube aos padres da igreja discernir o que era real e o que era fantasioso ou não revelado. Quando esse esforço se consumou, no século IV surge São Jerônimo que ficou encarregado de traduzir o novo testamento do grego para o Latim, que era  língua comum daquele tempo.

 

Avançando em nosso texto, nos inícios do século XVI, chegamos a época da reforma protestante com Lutero. Este fez 95 acusações contra a igreja católica e duas delas foram a questão da igreja não permitir a leitura da Bíblia por parte do povo e não permitir a livre interpretação teológica desta.

 

Inicialmente deve-se analisar o contexto histórico da época antes de verificar se ele estava certo quanto a isso ou não: o primeiro ponto, naquela época nem todos sabiam ler, depois Lutero se aproveitou de duas tecnologias que nos 1500 anos anteriores não havia na europa: o papel e a imprensa, sendo o papel trazido da China por Marco Polo e a imprensa inventada por Gutenberg. Antes desses dois, o papel era feito de couro de carneiro curtido, ou seja era caro, e os livros eram escritos à mão por monges copistas que dedicaram suas vidas à cópia de livros, sobretudo as Sagradas escrituras, da qual quem quisesse ter uma, tinha de pagar a vida de um monge para que este a copiasse, assim sendo, era não somente muito caro mas demorava meses para ficar pronta.

 

Isso resultou ser raro nas igrejas ter as Sagradas escrituras completas, quando muito se tinha um evangelho. Então ficou fácil para Lutero criticar a igreja e a distribuir abertamente.

 

Quanto a diferença entre a Bíblia protestante e a católica, compreendemos a bíblia protestante sendo composta por 7 livros a menos no antigo testamento, pois se basearam no canon Judeu que julgou esses 7 livros com valores nacionalistas no início do século I d.C ou seja, na época em que Cristo estava entre nós. Havia a versão completa e foi justamente nesta que seus discípulos tiveram que utilizar para evangelizar.

 

Quanto a livre interpretação, não se trata aqui de algo devocional, mas sim de se criar uma nova teologia sem passar pela análise do magistério, desta forma que a bíblia saiu das mãos da igreja, e desenvolveu no surgimento de várias seitas, sendo que muitas delas trouxerwm ideias nocivas a santidade e ao espírito cristão.

 

Portanto, a bíblia e a Santa Igreja Católica sempre estiveram unidas seja históricamente, seja espiritualmente, com a última considerando de suma importância para a vida de seus fiéis o conhecimento desta divina obra, tanto que ela partilha de um lugar especial na Santa Missa, denominada de mesa da palavra, da qual os fiéis se servem e aprendem sobre Aquele pelo qual almejam seguir e desfrutar das bem aventuranças na vida eterna.

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