Ao longo do tempo quaresmal tivemos uma graça que foi lançada, assim como a semente é lançada à terra, que deve morrer para viver, muitos não gostam desta palavra morrer, mas quem deseja crescer, florescer e dar frutos, necessita assumir a sua finitude, Jesus teve esta ideia presente e firme ao longo da sua vida. Ele é o modelo para a humanidade quando mesmo sabendo que a sua vida seria breve, dedicou e gastou até os seus últimos momentos sabendo que a morte não teria a última palavra. Ou seja, mesmo quando as situações de morte estejam visíveis ou incontroláveis, mas para quem crê, a esperança não defrauda, porque vê a vida cristã como alicerce para não deixar luz apagar.
A força necessária para superar estas contrariedades devem ser cultivadas ao longo dos passos que nos faz avançar. O catecismo aborda uma ideia que vem de encontro com esta reflexão: “A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; …, protege contra o desânimo, dá alento em todo esmorecimento.” (CIC, 1818)
A canção do Ministério Colo de Deus: “O sofrimento produz paciência. Que prova a fidelidade, gera esperança”, transmite com insistência este lema tão significativo para este tempo Pascal, que a esperança não engana, não defrauda para quem olha esta realidade muitas vezes ofuscada pela dor e pela angústia, deve gerar em nós um caminho de fidelidade a palavra de Jesus que diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 24,13), hoje o grito de vida e pela vida deve ser entusiasmante, porque será este gesto que conduzirá aqueles que estão desanimados, em crise existencial ou que estejam vivendo num deserto espiritual sem fim.
A esperança cristã está em Jesus vivo e ressuscitado, que sejamos católicos vivos na fé, na esperança e na caridade. Este é um tempo novo para ser vivido e testemunhado na vida, tudo que custa, vale a pena, depende da resposta que a partir desta experiência do ressuscitado que possamos fazer que o anúncio será eficaz. Não tememos, porque jamais estaremos sós diante desta boa nova para o mundo.
A promessa de Deus em restaurar e dar vida em plenitude é uma realidade concreta, “Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa”. (Hb 10,23) são palavras que devem ecoar em nossos corações a e que não sejam “palavras vazias, porque a esperança é uma certeza, porque se baseia na fidelidade de Deus às suas promessas.” (Papa Francisco, 11 de dezembro de 2024)
Não percamos tempo em buscar entre os mortos aquele que vive, desejo a todos vocês, paroquianos um tempo de graça e reconheço no Cristo que venceu a morte.